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Luz, câmera, VERBO!

Li outro dia que “os fatos só são verdadeiros depois de serem inventados”. Na terça-feira de carnaval, um amigo desempregado me disse que não sabia como dizer quem ele era. O ditado conta que quem conta aumenta a conta. Hamlet questionou “ser ou não ser”. O poema Autopsicografia se imortalizou com os versos do poeta fingidor e a dor que deveras sente. Na escola se aprende o essencial da oração: sujeito e predicado. Assim, coladinhos, vão se multiplicando e tornando texto.

Está confuso? Vamos lá!  

 Afinal, seres comunicantes e curiosos que somos gostamos de histórias. Tem quem diga que dentro de nós habitam vários sujeitos e que cada um fica torcendo para ser o personagem da vez (e uns implorando para desaparecer). Por outro lado, o interesse humano, sabemos, se infiltra pelas frestas de janelas e de fechaduras para saber o que acontece lá, quem é ele e o que ela faz.  

Para isso estamos aqui.   

Nesta “ode” virtual, o blog Sujeitos e Predicados lança a luz, empunha a câmera e solta o verbo para traçar perfis e mostrar algumas conjugações. Aqui, um lugar de sujeitos, de curtas narrativas pessoais, de vidas em cena, de personagens que fazem o bordado que a gente chama de existência. Costurando, entrelaçando, observando surge o olhar, e dele a história, e dela o leitor.

Samuel Ichiye  Hayakawa disse: “o significado não está nas palavras, mas em nós”.  

Bem-vindo e boa leitura! 

Solange Pereira Pinto  

“E os que lêem o que escreve/ Na dor lida sentem bem/ Não as duas que ele teve/ Mas só a que eles não têm”. Fernando Pessoa